O espaço pós-soviético

O espaço pós-soviético
Da U.R.S.S. nasceram quinze novos países: Arménia (1), Azerbaijão (2), Bielorúsia (3), Estónia (4), Geórgia (5), Cazaquistão (6), Quirguistão (7), Letónia (8), Lituânia (9), Moldova (10), Rússia (11), Tajiquistão (12), Turquemenistão (13), Ucrânia (14) e Uzbequistão (15); continuam em suspenso as secessões da Transnístria (face à Moldova), da Abcásia e Ossétia do Sul (face à Geórgia) e do Nagorno-Karabah (face ao Azerbaijão) (mapa: http://en.wikipedia.org/wiki/Image:Soviet_republics.jpg)

Agenda (em actualização permanente)

Congressos, colóquios e conferências sobre os mundos soviéticos e pós-soviético agendados para 2014 (a verde, os eventos que ainda admitem participação com comunicação; a laranja, os eventos que têm lugar em Portugal):






O ensino das línguas eslavas em Portugal


Instituições académicas que leccionam línguas eslavas em Portugal (em elaboraçã0):



No ensino universitário público:


Universidade de Aveiro (UA - http://www.ua.pt/dlc ):

O Departamento de Línguas e Culturas oferece um Curso Livre de Língua Russa, com dois níveis e quatro horas semanais, com uma frequência «muito pequena». A partir deste ano, estes mesmos cursos têm também valor curricular, como disciplinas suplementares a incluir no suplemento ao diploma.

Docente: Lyudmila Byla - lyudmila_belaya@mail.ru

É igualmente oferecido um Curso Livre de Húngaro (língua da família urálica), com quatro horas semanais.



Universidade da Beira Interior (UBI):

O Departamento de Letras da Universidade da Beira Interior, através do seu Laboratório de Línguas, oferece, desde há dois anos, um curso livre de Língua Russa, frequentado anualmente por cerca de 15 alunos - universitários e não só. Segundo o docente, «ultimamente tenho uma sensação que o interesse sobre a linguagem russa, lentamente, começou a aumentar. Presumo que acontece assim, porque as Empresas e Fabricas portuguesas começaram a procurar os Mercados nos países do Leste e tentam encontrar as conveniências mútuas com Empresas e Fabricas de lá.»

Docente: Oleg Tchoumakov - olegchumakov@aeiou.pt



Universidade de Coimbra (UC – http://www.fl.uc.pt/cl/ ):

A Faculdade de Letras lecciona apenas cursos de Russo, mas com o maior leque de cadeiras oferecidas por qualquer instituição portuguesa. A leccionação de cursos de Russo data ali de 1988, sendo as seguintes as disciplinas ministradas no presente ano lectivo:

- Introdução à História Russa

- Língua e Cultura Russas I

- Russo do Quotidiano I

- Russo I (Conversação)

- A Rússia e o Mundo das Artes

- Introdução à Literatura Russa

- Língua e Cultura Russas II

- Russo do Quotidano II

- Russo II (Conversação)

As cadeiras são semestrais, com uma carga horária de quatro horas semanais.

Docente: Vladimir Ivanovitch Pliassov – vip@ci.uc.pt



Universidade de Lisboa (UL):

O Centro de Línguas e Culturas Eslavas da Faculdade de Letras oferece cursos livres das seguintes línguas:

- checo: quatro semestres , cinco horas semanais; docente: Anna Nemcova de Almeida - anna.almeida@post.cz

- esloveno - quatro semestres, cinco horas semanais; docente: Mateja Rozman - matejarozman888@yahoo.com

- polaco - idem; docente:

- russo: quatro semestres, seis horas semanais; docente:



Universidade do Minho (UM):

A cadeira da língua russa faz parte dos planos curriculares das licenciaturas em Relações Internacionais, Negócios Internacionais, Línguas Aplicadas e Estudos Lusófonos. Trata-se de uma cadeira opcional, oferecida pelo Instituto de Letras e Ciências Humanas. A duração da cadeira nas primeiras três licenciaturas é de quatro semestres, com cargas horárias entre três e cinco horas semanais; no caso da última licenciatura, de dois semestres com quatro horas semanais.

Desde o ano lectivo 2006/7 funciona o Curso de Especialização Complementar em Língua Russa para Turismo e Empresas, que é um curso intensivo da curta duração. Além disso, funcionam três níveis de Curso Livre de Russo, que estão abertos a alunos externos.

Docente: Nadejda Ivanovna Machado - nadia@ilch.uminho.pt



Universidade Nova de Lisboa (UNL - http://www.fcsh.unl.pt/ilnova/):

O Instituto de Línguas Estrangeiras da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - ILNova - oferece no corrente ano lectivo Cursos Livres de Russo (quatro semestres), Búlgaro (idem) e Polaco (dois semestres), de quatro horas semanais; não abriram os Cursos de Checo e de Esloveno. As aulas de Russo são frequentadas por cerca de vinte alunos, e para as de búlgaro, a procura tem sido «fraca»; em ambos os casos, combinam-se «alunos da Faculdade e adultos interessados». No total, a área das línguas eslavas conta com «cerca de setenta alunos».

Docentes: Russo: Lyubov Fedorova - lubov_fedorova@yahoo.com.br -

Búlgaro: Zlatka Timenova - ztimenova@netcabo.pt ;

Polaco: Iwona Sadlowska isadlowska@sapo.pt ;

Checo: Petra Špačková - spackov@seznam.cz ;

Esloveno: Lana Klopčič - lanchka@gmail.com .


Universidade do Porto (UP):

A Faculdade de Letras não tem nenhum plano curricular que inclua línguas eslavas. É leccionado apenas um curso livre de Russo.

Docente: Olena Nestrenko Afonso - o_nesterenko@hotmail.com



No ensino universitário privado:



Universidade Autónoma de Lisboa (UAL - http://www.universidade-autonoma.pt/noticias.aspx?id=330&lg=PT):

A Autónoma Language School oferece um curso livre de russo (semestral, duas horas semanais)



Universidade Lusófona:



No ensino politécnico público:


Instituto Politécnico de Bragança – Centro de Línguas, Escola Superior de Educação ( http://www.ipb.pt/~clinguas ):

Cursos livres que começaram este ano a terem atribuição de ECTS - decisão «muito bem recebida pelo corpo docente da escola e aprovado em Científico por unanimidade, mas a reacção dos alunos em geral não me parece que tenha sofrido qualquer alteração. Não tivemos um aumento significativo de alunos nem para estas línguas menos habituais nem para as restantes, nem mesmo alunos têm assumido claramente que os ECTS contribuíram para a sua decisão.» São oferecidas duas línguas eslavas:

- Russo (cursos para adultos e adolescentes, só funcionou com adultos): iniciado em 2003/04. No primeiro ano foi leccionado por Luís Costa, professor da Escola Superior Agrária, que se doutorou na URSS. A partir de 2004/05, inclusive, a professora passou a ser Vyktorija Tarakanova (Fernandes), lituana de nacionalidade e russa de escolaridade - endereço electrónico vy_tara@hotmail.com. As aulas decorrem uma vez por semana, de 2 horas, até perfazerem 60 horas no total. Obedecemos às recomendações do Quadro Europeu de Referência para a Aprendizagem das Línguas; a turma que iniciou em 2003 continuou até ao ano lectivo passado, alcançando o nível B1. O número de alunos variou entre 10 e 3, alunos e docentes do IPB e alguns externos.

2. Polaco: oferecido este ano lectivo (2007/08), mas sem interessados.

Docente: Sylwia Solczak, aluna do curso de Línguas e Relações Internacionais da ESEB - shivka2@o2.pl

3. Lituano: oferecido no ano lectivo 2006/07, igualmente sem interessados. A docente seria também Vyktorija Tarakanova (Fernandes).



Instituto Politécnico do Porto - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP): são duas as licenciaturas em que a Língua Russa integra o plano curricular:

1 - Comunicação Empresarial - cadeira optativa: o curso tem a duração de seis semestres, atingindo os alunos o seguinte nível de conhecimentos linguísticos (classificação do Quadro Europeu Comum de Referência): Compreensão (oral e escrita): B2 Expressão oral (interacção e produção oral): B2 Produção escrita: B1 / B2.

2 - Assessoria e Tradução - após a licenciatura de três anos, os alunos podem seguir o Curso de Mestrado em Tradução e Interpretação Especializadas, podendo escolher Russo como 2ª língua de trabalho.

Há actualemente 24 alunos no 1º ano de Russo (12 por curso).

Docente: Maria Helena Guimarães - HCOSTA@iscap.ipp.pt



Mensagens

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terça-feira, 4 de março de 2008

Receita para fazer um país

Com a devida vénia, transcrevo um artigo do Foreign Policy - a benefício de madeirenses, açorianos, mirandeses, riodonorenses, guadramileses, barranquenhos, e outros mais:

How to Start Your Own Country in Four Easy Steps
By Joshua Keating Foreign Policy Posted February 2008
With Kosovo unilaterally declaring independence and a host of wannabe states looking to follow its lead, you might be thinking it’s about time to set up your own country. You've picked out a flag, written a national anthem, even printed up money with your face on it. But what's the next step? Creating a new country isn't as easy as you think.

Step 1: Make sure you are eligible
As tempting as it might be to declare your cubicle a sovereign state, customary international law actually does specify minimum standards for statehood.
You must have a defined territory. You must have a permanent population. You must have a government. Your government must be capable of interacting with other states. (This one is somewhat controversial. It was included as a qualification in the 1933 Montevideo Convention, which established the United States' "good neighbor" policy of nonintervention in Latin America, but is generally not recognized as international law.)


Step 2: Declare independence
Congratulations on joining the ranks of Transnistria, Somaliland, and a host of other countries that won't be marching at the Olympics anytime soon. Just because you've met the qualifications and declared yourself independent doesn't mean that you're going to be taken seriously. Even the Principality of Sealand--located on a 10,000-square- foot platform in the North Sea--has tried with mixed success to claim sovereignty under these qualifications.

However, now that your state is established, there are certain benefits you can expect, even if you're not recognized by anyone. "Once an entity has established itself as a de facto state, it will benefit from territorial integrity and certain guarantees of sovereignty, " says Stefan Talmon, professor of public international law at Oxford University and author of Recognition in International Law. "For instance, now that Kosovo is established as a state, Serbia can no longer freely attack it to bring it back into Serbia. It benefits from the prohibition of the use of force under the U.N. Charter." These rules were established during the Cold War to protect new states that were not yet recognized by one bloc or another.

Step 3: Get recognized
There's not much point in having your own country unless other countries acknowledge your existence. International recognition is what gives a country legitimacy in the international community and what ultimately distinguishes the New Zealands of the world from the Nagorno-Karabakhs. Naturally, though, the established countries are going to take some convincing. "Recognition is quite complicated because it combines international law and international politics," Talmon says. "Some people say that recognition is a purely political act. It is at the discretion of existing states whether they recognize, so there is no right to recognition. "

This was especially true during the Cold War, when the national legitimacy of North and South Vietnam, North and South Korea, and East and West Germany depended on which side you asked. Even today, a number of entities are recognized as states by some countries, but not by others. Palestine, Taiwan, and Northern Cyprus fall into this category.
The United States has no official policy on what is required for recognition, according to its State Department. Instead, the decision to recognize a state is made by the president. Then the president decides whether to establish diplomatic relations with the state based on U.S. national interests. There's no cookie-cutter approach, so when you ask for recognition, be sure to explain how your independence will be good for America. In the old days, proving your anti-communist cred was usually good enough. Today, U.S. strategic priorities are a bit more complex, though as Kosovo proves, ticking off the Russians still helps.

Step 4: Join the club
Since its founding in 1945, membership in the United Nations has become the gold standard of international legitimacy. "When you are admitted to the U.N, that's a form of approval," Talmon says. "It's like a stamp [that says] you are now a full member of the international community."

Applying for U.N. membership is a breeze. According to U.N. rules, all you need to do is write a letter to the secretary-general requesting membership. These letters are remarkably short and simple. For a handy template, check out the successful application of Montenegro, the United Nations' most recent member.

You can mail your application to:
Ban Ki-moon
Secretary-General
The United Nations
First Ave. at 46th St.
New York, NY 10017
Now comes the hard part. The Security Council must refer you to the General Assembly, which must determine by a two-thirds majority that you are a "peace-loving state" that can carry out the duties of the U.N. Charter.

It's probably not even worth trying this unless you've completed step 3. A number of unrecognized states have applied for U.N. recognition over the years, including American-Indian tribes, but without the credibility bestowed by bilateral recognition, these applications are usually just filed away.

The biggest obstacle to U.N. membership is power politics. Neither North nor South Korea got U.N. membership until 1991 because of vetoes by one bloc or another during the Cold War. Even today, Russia's veto on the Security Council will probably prevent Kosovo from gaining a seat at the table anytime soon. The Republic of China, a.k.a. Taiwan, was one of the founding members of the United Nations and once had a "permanent" seat on the Security Council. But Taiwan was booted out in favor of the People's Republic of China in 1971, after U.S. President Richard Nixon decided to cozy up to Beijing. The Taiwanese government has applied for membership every year since 1993, but to no avail. The United Nations didn't even bother to open Taiwan's most recent letter.

As you can see, the point at which a territory officially becomes a country is very much in the eyes of the beholder. International recognition can be an elusive prize. The good news? The longer you wait, the better your chances become. In international law, which is often based on custom, the longer you can maintain your de facto sovereignty, the more likely you are to be accepted. (Unless, of course, you're Taiwan.)

The strength of Kosovo's bid for independence from Serbia is based largely on the fact that it has, for all intents and purposes, been independent for almost a decade. In a more extreme example, the 900-year-old Sovereign Order of Malta has diplomatic relations with 100 countries and observer status at the United Nations even though its entire territory is contained in a few buildings in Rome. So don't be discouraged. Starting your own country isn't impossible. It's just going to require a lot of patience and the right friends.

In http://www.foreignpolicy.com/story/cms.php?story_id=4217
Joshua Keating is an editorial assistant at Foreign Policy.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Breve sobre a independência do Kosovo

Há mais de uma década que o Ocidente se embrenhou nos Balcãs, em demanda da chave que lhe permitisse abrir a vera caixa de Pandora. Sejamos justos: ao fim de tanto esforço e empenho, já merecia realmente encontrá-la.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Boas vindas

Sejam bem-vindos ao Blogue.leste, um espaço de informação e reflexão sobre as sociedades e culturas soviéticas e pós-soviéticas - e sobre a imensa diversidade de configurações e metamorfoses que estes mundos protagonizaram no decurso das últimas décadas. Dos fluxos migratórios às novas dinâmicas religiosas, dos mecanismos de produção identitária aos usos da memória e do tempo - que seja este um espaço propiciador do conhecimento e do diálogo sobre estas novas geografias do nosso tempo.
Através deste blogue, daremos também visibilidade ao trabalho desenvolvido no âmbito do agora renascido Centro de Estudos Soviéticos e Pós-Soviéticos de Lisboa - uma plataforma de contactos e recursos que em breve se abrirá a todos os especialistas de Ciências Sociais e Humanas interessados nesta área de estudo.